iPhone comandado pela mente? Apple investiga tecnologia cerebral, diz jornal

A Apple está explorando uma nova fronteira tecnológica: interfaces cérebro-computador que permitem controlar iPhones e outros aparelhos usando apenas sinais neurais. Segundo informações do Wall Street Journal, a empresa tem colaborado com a startup Synchron, responsável pelo implante cerebral Stentrode, já utilizado em pacientes com limitações motoras severas.

O Stentrode funciona traduzindo impulsos elétricos do cérebro em comandos digitais, permitindo que o usuário navegue por menus, selecione ícones e realize ações sem precisar tocar na tela. Ao contrário de soluções mais invasivas, o implante é inserido por uma veia próxima ao córtex motor, dispensando cirurgias abertas no crânio. Desde 2019, dez pacientes já foram beneficiados com o dispositivo, principalmente pessoas com doenças como esclerose lateral amiotrófica (ELA) ou lesões na medula espinhal.

Em paralelo, a Apple anunciou uma série de novidades em acessibilidade que chegam aos seus produtos ao longo de 2025. Entre elas, destaca-se a Lupa para Mac, que amplia objetos do mundo real usando a câmera do computador ou do iPhone via Câmera de Continuidade — ideal para leitura de textos em placas, livros ou telas. Usuários de iPhone e iPad já contavam com a Lupa desde 2016, mas agora o recurso chega aos Macs, ampliando a inclusão digital.

Outro destaque é o Braille Access, uma ferramenta integrada para escrita, leitura e navegação em braille em todo o ecossistema Apple, incluindo iPhone, iPad, Mac e Vision Pro. A função suporta arquivos BRF e código Nemeth, oferecendo maior autonomia para pessoas com deficiência visual. Além disso, o Apple Watch passará a exibir legendas em tempo real durante sessões de Escuta ao Vivo, enquanto o Vision Pro terá melhorias nas câmeras, Zoom e VoiceOver, utilizando inteligência artificial para aumentar a acessibilidade visual.

Essas iniciativas indicam que a Apple não está apenas investindo em inovação tecnológica, mas também buscando ampliar a inclusão digital e criar soluções que transformem a forma como todos os usuários interagem com seus dispositivos. A integração com tecnologias como o Stentrode pode representar um passo importante para tornar o controle por sinais cerebrais uma realidade prática no cotidiano, abrindo possibilidades para pessoas com diferentes tipos de limitações físicas e redefinindo o futuro da interação homem-máquina.